domingo, 30 de março de 2014

Pesquisa aponta mudança no perfil do jornalista


Agência FAPESP – As transformações ocorridas nos meios de comunicação, por meio das novas tecnologias e da cultura de convergência midiática, impactaram profundamente os processos de produção do jornalismo e, consequentemente, o perfil do jornalista. A conclusão é de uma pesquisa que avaliou o perfil do jornalista e as mudanças em trabalho. “Os produtos jornalísticos impressos, televisivos ou radiofônicos são feitos de maneira completamente diferente do que há cerca de 20 anos”, disse Roseli Fígaro (foto acima, à esq), coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). O trabalho contou também com o participação dos professores Claudia Nonato e Rafael Grohmman, da FIAM-FAAM.

Vale a pena conferir a íntegra da reportagem publicado na Agência FAPESP.



sábado, 29 de março de 2014

Sobre a discussão na aula de ontem...

A respeito da discussão sobre a veracidade ou não da notícia sobre o corte de cabelo na Coréia do Norte, que deveria seguir o style do líder comunista do País. Leia texto abaixo, retirado do blog de Luiz Nassif. O título "falência do jornalismo", evidentemente é exagerado. E o corte do rapaz até que é bem bacana (na minha opinião, claro).

Os cabelos na Coréia do Norte e o viral que mereceu Jornal Nacional

Os cabelos da Coréia do Norte e a falência do jornalismo


Receita prática e rápida de jornalismo barato: pegue uma notícia esdrúxula numa agência de notícias qualquer, adicione uma dose generosa de pimenta sensacionalista, bata tudo no liquidificador e sirva, sem filtrar, para que os desavisados saiam por aí papagaiando para ajudar a mídia a vender mais notícia barata. A última foi o que a mídia nacional noticiou, ou, ecoou: “homens são obrigados a usar o mesmo corte de cabelo na Coréia do Norte”. Quando vi tal notícia no telejornal mais visto do Brasil, eu, escaldado pela gloriosa velha mídia, comentei com quem assistia comigo: quer apostar que essa notícia é falsa? Fui à internet e não deu outra: não há confirmação alguma sobre a veracidade da notícia, que partiu da BBC.
O curioso é que a senha para o desmonte do factoide está na própria notícia disponível no site da BBC, na base da malandragem da “uma fonte ouvida”; ou: “há relatos conflitantes”. Bom, essa coisa de “fonte”, a vaca sagrada do jornalismo (para o bem ou para o mal), é tão confiável como aquela fofoca que você ouviu a respeito do seu chefe a partir do relato do seu colega, que ouviu do vizinho, que ouviu do amigo de um primo que é muito amigo do irmão do chefe. Tudo fonte fidedigna, claro, não importa que você não tenha entendido bulhufas sobre a engenharia da rede de informação do colega. 
Voltemos aos cabelos da Coréia do Norte. Pesquisando um pouco mais, você descobre que alguns poucos - porém criteriosos -  informativos desconfiam da tal notícia. O jornal israelense Haaretz, por exemplo, lembra que as extravagâncias do líder norte-coreano Kim Jong-un e mais as dificuldades de se verificar a veracidade da notícia num regime fechado como a Coréia do Norte, dá margem a toda sorte de “criatividade jornalística”.  O que existiria de fato – segundo relatos, frise-se – seria uma campanha na Coréia do Norte para que os homens não usem cabelos compridos. E só. Tal informação teria surgido em 2008 quando o jornal japonês (epa!) Mainichi Shimbun, sem citar fontes críveis, teria noticiado que Kim Jong-il (pai de Kim Jong-un), que adorava basquete, teria torcido o nariz ao ver jogadores de um time norte-coreano de cabelos compridos. “Isso é time de homens ou de mulheres?” - teria comentado o ex-líder norte-coreano, falecido em 2011. Logo após aquele jogo de basquete, o governo teria espalhado avisos (ninguém sabe informar se é proibição ou orientação) em locais de trabalho para que homens evitassem usar cabelos compridos. Em seguida, um viral na internet passou a espalhar a “notícia” que a Coréia do Norte havia liberado apenas 28 tipos de cortes de cabelos – 14 para homens e 14 para mulheres; a “Radio Free Ásia”, que é bancada pelos EUA (epa! epa!), fala em 10 cortes para homens e 18 para mulheres. Uma pequena divergência ante um contexto tão idôneo, criterioso e relevante com que o jornalismo ocidental presenteia a humanidade, não?! 
Moral da história: com dez minutos de pesquisa na internet, foi fácil para um usuário de computador verificar o contraditório que afronta o factoide. Se a velha mídia – com toda sua estrutura (financeira, humana, estrutural e técnica) – é incapaz, ou melhor, não faz questão alguma de verificar isto, é sinal que, para a indústria da informação, a verdade factual se tornou, há um bom tempo, subproduto descartável ante a facilidade de se inventar, manipular e vender uma notícia turbinada para ficar atraente. E se o jornalismo irresponsável tem tal facilidade é porque sabe que, na outra ponta, a maioria das pessoas acatará como verdade – esmagando a minoria com senso crítico que ainda teima em prezar o bom jornalismo e gritar por ele.
Fontes:
Matéria na BBC:
Matéria ecoada pelo Jornal Nacional, da Globo:

sexta-feira, 28 de março de 2014


Walter Lipmann (sobre a cobertura da Revolução Russa): "No geral as notícias sobre a Rússia se convertiam num caso de ver as coisas não como eram, mas como os homens queriam ver".  Para ele, os jornalistas deveriam evitar os próprios preconceitos e a maneira de fazer isso era adquirindo um pouco de espírito científico. 

A PRIMEIRA PÁGINA (The Front Page)

Mais um grande filme de Wilder, desta vez navegando com maestria pela comédia. Vale muito conferir.


 

quinta-feira, 27 de março de 2014

Ace in the Hole (1951) A Montanha do Sete Abutres

Um dos melhores filmes sobre jornalismo de todos os tempos

O diretor (e ex-jornalista) Billy Wilder critica a imprensa e, principalmente, analisa como o cineasta constrói a figura de um jornalista que manipula a vida de indivíduos na sociedade, arquitetando todos os acontecimentos e, desse modo, interfere nas subjetividades desagregando-as. Para saber mais: leia o artigo "Billy Wilder e a crítica à mídia jornalística no filme A Montanha dos sete abutres" (Ace in the hole), de Marcelo Flório (Universidade Anhembi Morumbi). 


quinta-feira, 13 de março de 2014

Uma visão do futuro do jornalismo

"Uma visão do futuro do jornalismo"

Leia a entrevista do diretor de jornalismo da Universidade de Columbia (EUA) e ex-editor da NewYorker, publicada pela Folha de São Paulo, em  10 de março de 2014. Clique aqui para o link da entrevista.

Quem é Steve Coll

Diretor da Faculdade de Jornalismo da Universidade de Columbia, em New York. É autor dos best sellers Ghost Wars, Private Empire: Exxon Mobil and the American Power e The Bin Ladens. Ex-presidente do Centro de Estudos New America Foundation, ex-secretário de redação do Washington Post, repórter licenciado da revista The New Yorker, onde mantém um blog. Vencedor de dois prêmios Pulitzer. Tem 55 anos.