domingo, 29 de maio de 2016

EM BUSCA DO JORNAL DO FUTURO

O futuro dos jornais
De João José Forni

A Ombudsman da "Folha de S. Paulo" Paula Costa diz, na coluna de hoje, que o "New York Times" montou grupo para alinhar mudanças que quer implantar até 2020. Os jornais estão cada vez mais premidos pelo dilema da perda de leitores e, em consequência, de faturamento.


Em meio a tantas incertezas sobre o futuro do jornalismo, torna-se consensual que terá de mudar. Como e para onde ninguém tem uma resposta clara e precisa.
Mais importante jornal do mundo, "The New York Times" montou grupo para alinhavar mudanças que quer implantar até 2020. Na semana passada, memorando interno listou indicações valiosas. Menos reportagens superficiais, feitas apenas "para registro". Menos notícias tradicionais. Menos textos empolados. Mais formas de contar histórias. Mais histórias visuais.
Cada peça da engrenagem do jornal terá de ser reajustada.
Repórteres terão maior responsabilidade na busca de estratégias para que suas narrativas sejam lidas ou assistidas.
Para o "NYT", a atribuição dos editores, num futuro próximo, não será se preocupar com o preenchimento do espaço das páginas da edição impressa. Devem se preocupar com a qualidade jornalística e narrativa, empenhando-se em encontrar as melhores maneiras de contar histórias em múltiplos meios.
O jornal planeja criar um grupo de editores e diagramadores com a missão exclusiva de adequar o produzido para a amplidão do jornalismo digital para o impresso.
A lógica será invertida.
Em última análise, o objetivo é criar uma redação que seja mais ágil e menos sobrecarregada com inchaço burocrático." (Coluna Ombudsman, Folha de S. Paulo, 29/05/16)

quinta-feira, 3 de março de 2016

O mapa do jornalismo independente

um projeto da Agência Pública


A ideia é ambiciosa, mas cada vez mais necessária neste momento de ruptura e renascimento que o jornalismo vive: mapear as iniciativas independentes no Brasil. Neste “mapa” interativo, selecionamos aquelas que nasceram na rede, fruto de projetos coletivos e não ligados a grandes grupos de mídia, políticos, organizações ou empresas.

Mais informações, clique aqui

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Veículos independentes que você precisa conhecer

Já pensou quando a população se der conta de que pode ter acesso a (e preferir) um jornalismo independente, profundo e ético, que não se curva à anunciantes e ao poder? E para completar, o jornalista perceber que pode entregar esse conteúdo diretamente aos leitores, sem intermediários? Quando essas duas pontas estiverem diretamente ligadas…
Tem muitos jornalistas realizando esse novo modelo, são alguns desses casos de sucesso, já consolidados e também em construção, que compartilho com vocês. Para inspirar e também mostrar que sim, é possível empreender, jornalista. Sobreviver do próprio empreendimento.
Mais informações, clique aqui. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O jornalismo caminha sobre o gelo fino

Pode o jornalismo fazer escolhas de cobertura com base em preferências políticas?
por Wilson Gomes — publicado 04/02/2016 05h02

O jornalismo de verão no Brasil está patinando em gelo fino. O assédio a Lula é intenso, mas também desperta todo o tipo de suspeitas. O jornalismo está em frenesi, salivando ante a possibilidade, que enfim parece dotada de alguma plausibilidade, de derrubar um gigante. E o antipetismo vai junto, em júbilo. Neste quadro, complicadíssimo, apenas os mais radicais têm certezas. Muitas certezas.
Não sei dizer quanto aos fatos, mas presto muito atenção no jornalismo que protagoniza este momento. Publicam-se muitas coisas sensatas e muitas asneiras sobre a cobertura e as colunas desses dias. Cada post esconde uma deontologia, conjunto de "podes-não podes" de uma determinada profissão, algumas muito inquietantes.

Há 25 anos sou professor de jornalismo. Há uns 15 ensino política, democracia e comunicação política para futuros jornalistas. E acho que tudo podia ser menos complicado se ficassem claras, para leitores e jornalistas, as regrinhas simples que apresento abaixo:
1) A marcação forte, sem deixar espaço, “sobre pressão”, não só é tolerável como é desejável no jornalismo político. Em outras formas de jornalismo, como o especializado em vida privada de celebridades, é assédio. Mas no jornalismo que cobre fatos e pessoas do mundo da política é um serviço à democracia acompanhar com proximidade, investigar com minúcia, trazer ao público tudo o que for relevante.
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

8 lições de jornalismo investigativo no filme “Spotlight - Segredos Revelados”

03/02/16
Publicado em 7 de dezembro de 2015, no site do Global Investigative Journalism Network. Texto de David E. Kaplan.

“Spotlight - Segredos Revelados” é, sem dúvidas, um dos mais convincentes e perspicazes filmes de jornalismo investigativo desde “Todos os Homens do Presidente”, o clássico de 1975 sobre o caso Watergate. É um excelente roteiro que leva os espectadores para dentro da equipe de investigação Spotlight, do jornal The Boston Globe, enquanto os jornalistas mergulham em um dos crimes mais notórios de nosso tempo - a tolerância sistemática e o acobertamento de milhares de casos de pedofilia pela Igreja Católica. Em uma época em que o jornalismo investigativo está sob fogo cruzado em todo o mundo, aqui vai um tutorial em profundidade, sobre o porquê de o jornalismo investigativo ser tão importante para a democracia.

Por seu trabalho obstinado, o time do Boston Globe ganhou um Prêmio Pulitzer de Serviço Público, em 2003. E agora, 12 anos depois, o filme está ganhando críticas elogiosas e é candidato ao Oscar. 

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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Teoria da ação política (ou instrumentalista) - teorias do jornalismo





O conceito de notícia II - Ciro Marcondes Filho (Introdução ao jornalismo)




Coletivos de comunicação estão mudando a forma de produzir conteúdo

Por Paulo Roberto Junior em 18/08/2015 na edição 864

Era sexta-feira, 4 de abril de 2014, quando um grupo de moradores da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, reuniu-se ao redor de uma mesa de bar dentro da favela. O propósito, no entanto, era maior do que um simples encontro entre amigos. Eles estavam ali dispostos a planejar uma cobertura colaborativa do primeiro dia de ocupação da comunidade por militares do Exército. Menos de 24 horas depois, as Forças Armadas começaram a avançar pelas ruelas das 15 favelas que compõem o Complexo da Maré. Em meio ao clima de desconfiança dos moradores e à atuação inicial dos militares – que revistavam carros, caminhões e cidadãos – nascia um dos coletivos de comunicação mais atuantes na região, o Maré Vive.

Clique aqui para ler a íntegra do texto.