O futuro dos jornais
De João José Forni
A Ombudsman da "Folha de S. Paulo" Paula Costa diz, na coluna de hoje, que o "New York Times" montou grupo para alinhar mudanças que quer implantar até 2020. Os jornais estão cada vez mais premidos pelo dilema da perda de leitores e, em consequência, de faturamento.
Em meio a tantas incertezas sobre o futuro do jornalismo, torna-se consensual que terá de mudar. Como e para onde ninguém tem uma resposta clara e precisa.
Mais importante jornal do mundo, "The New York Times" montou grupo para alinhavar mudanças que quer implantar até 2020. Na semana passada, memorando interno listou indicações valiosas. Menos reportagens superficiais, feitas apenas "para registro". Menos notícias tradicionais. Menos textos empolados. Mais formas de contar histórias. Mais histórias visuais.
Cada peça da engrenagem do jornal terá de ser reajustada.
Repórteres terão maior responsabilidade na busca de estratégias para que suas narrativas sejam lidas ou assistidas.
Para o "NYT", a atribuição dos editores, num futuro próximo, não será se preocupar com o preenchimento do espaço das páginas da edição impressa. Devem se preocupar com a qualidade jornalística e narrativa, empenhando-se em encontrar as melhores maneiras de contar histórias em múltiplos meios.
O jornal planeja criar um grupo de editores e diagramadores com a missão exclusiva de adequar o produzido para a amplidão do jornalismo digital para o impresso.
A lógica será invertida.
Em última análise, o objetivo é criar uma redação que seja mais ágil e menos sobrecarregada com inchaço burocrático." (Coluna Ombudsman, Folha de S. Paulo, 29/05/16)


















