Pode o jornalismo fazer escolhas de cobertura com base em preferências políticas?
O jornalismo de verão no Brasil está patinando em gelo fino. O assédio a Lula é intenso, mas também desperta todo o tipo de suspeitas. O jornalismo está em frenesi, salivando ante a possibilidade, que enfim parece dotada de alguma plausibilidade, de derrubar um gigante. E o antipetismo vai junto, em júbilo. Neste quadro, complicadíssimo, apenas os mais radicais têm certezas. Muitas certezas.
Não sei dizer quanto aos fatos, mas presto muito atenção no jornalismo que protagoniza este momento. Publicam-se muitas coisas sensatas e muitas asneiras sobre a cobertura e as colunas desses dias. Cada post esconde uma deontologia, conjunto de "podes-não podes" de uma determinada profissão, algumas muito inquietantes.
Há 25 anos sou professor de jornalismo. Há uns 15 ensino política, democracia e comunicação política para futuros jornalistas. E acho que tudo podia ser menos complicado se ficassem claras, para leitores e jornalistas, as regrinhas simples que apresento abaixo:
1) A marcação forte, sem deixar espaço, “sobre pressão”, não só é tolerável como é desejável no jornalismo político. Em outras formas de jornalismo, como o especializado em vida privada de celebridades, é assédio. Mas no jornalismo que cobre fatos e pessoas do mundo da política é um serviço à democracia acompanhar com proximidade, investigar com minúcia, trazer ao público tudo o que for relevante.
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