terça-feira, 30 de dezembro de 2014

As 10 tendências do jornalismo em 2014

Do Observatório da Imprensa

Por Marcelo Rech em 30/12/2014 na edição 831

Reproduzido do Jornal ANJ nº 253, dezembro/2014

Talvez o depoimento mais contundente, e significativo, nas 116 páginas do relatório “Tendências em Redações”, editado pelo Fórum Mundial de Editores (WEF), seja o da editora-chefe do escritório do The Guardian nos EUA, Janine Gibson, que liderou a cobertura do jornal durante as trepidantes semanas do affair Snowden e está de volta a Londres para assumir a edição digital do diário.

– Jornalistas são como as proverbiais baratas depois da guerra nuclear – eles vão encontrar um caminho, nós acharemos um caminho! – diz Janine em entrevista para o relatório, editado a cada ano com uma análise do que está acontecendo ou vai acontecer nas redações.

A compilação das 10 tendências de 2014 comprova que o jornalismo é mesmo resiliente e capaz de sobreviver a qualquer apocalipse, mas não sem uma boa dose de sobressaltos e de adaptações na travessia para o novo mundo. Vamos às tendências:

1. Proteção ao jornalismo na era da vigilância. Traumatizados pela ação dos serviços de segurança na apuração do caso Snowden, jornalistas estão adotando medidas similares às dos espiões e evitam ao máximo expor suas conversações, especialmente online e por telefone.

leia íntegra clicando aqui



Crise: O Jornalismo da Propaganda

A guerra pelos media e o triunfo da propaganda

por John Pilger

Por que tão grande parte do jornalismo sucumbiu à propaganda? Por que a censura e a distorção são a prática padrão? Por que a BBC é tão frequentemente uma porta-voz do poder rapinante? Por que o New York Times e o Washington Post enganam os seus leitores?

Leia íntegra do artigo clicando aqui.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Resumo das aulas: Teorias da "Nova História" e dos "Fractais Biográficos"




Tópicos para avaliação regimental - Teorias do Jornalismo II

Prezados (as),
abaixo alguns dos PRINCIPAIS tópicos da avaliação regimental (1/12):


Teoria do Espelho
Teoria do Gatekeeping
Teoria Organizacional
Teoria da Ação Política 
Teoria do Newsmaking
Teoria dos Definidores Primários e a Espiral do Silêncio
Teoria Etnográfica
                                                      Teoria Interacionista
                                                      Teoria da Nova História
                                                      Teoria dos Fractais Biográficos
                                                      A rede noticiosa

A prova - dia 1 de dezembro, manhã - será com consulta aos apontamentos do caderno, às questões da avaliação continuada e textos da apostila. E SÓ. Boa sorte a todos(as).

A rede noticiosa - teoria do jornalismo I e II




terça-feira, 18 de novembro de 2014

Tópicos para a avaliação regimental - Teoria do jornalismo I

Na relação abaixo, "alguns" dos principais tópicos da avaliação regimental. A prova - dias 27/11 e 28/11 - será com consulta aos apontamentos do caderno, às questões da avaliação continuada e textos da apostila. E SÓ. Boa sorte a todos(as).

* Distorção involuntária (unwitting bias)

* A questão da objetividade x subjetividade

* O campo jornalístico

* O processo de construção da notícia

*Noticiabilidade (os valores-notícia)

* Conceitos do que é notícia

Teorias do jornalismo II - TEORIA GNÓSTICA

17.11 (segunda-feira, manhã)





A volta do jornalismo cor-de-rosa

ESTRATÉGIAS PUBLICITÁRIAS

Por Leandro Marshall em 18/11/2014 na edição 825


Uma das mais eficientes estratégias utilizadas pela publicidade tem sido a de travestir informações publicitárias com as técnicas da “narrativa” da informação jornalística. A fórmula tem sido amplamente praticada e decorre da queda do muro ético entre a Redação e o departamento de publicidade, a partir dos anos 1990, para otimizar a eficácia do faturamento das chamadas organizações empresariais no ramo da comunicação.

Leia íntegra clicando aqui. 

Teoria do Jornalismo II - teoria interacionista

17.11 (segunda-feira/manhã)




Como transformar a cultura da redação impressa e superar os obstáculos às mudanças digitais

Jessica Weiss | 10/11/14
 
Em junho de 2009, a cidade de Liverpool, na Inglaterra, levou um susto quando um guindaste de 100 toneladas bateu em um bloco de apartamentos no centro da cidade ao meio-dia. A jornalista Alison Gow e sua equipe digital do Liverpool Echo sairam para apurar a notícia.  Mas logo perceberam que a notícia já estava sendo reportada online por moradores e outras testemunhas oculares tirando fotos e documentando nas redes sociais. 
 
Leia íntegra do texto clicando aqui.  

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

aula "O ETHOS JORNALÍSTICO"

Teoria do jornalismo I (13.nov)

O ETHOS jornalístico












A REDE noticiosa








aula Teoria do Jornalismo II (dia 10.11) - teoria etnocêntrica








quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Dois textos sobre o novo jornalismo

O FUTURO DO JORNALISMO

Redes sociais mudaram produção e distribuição de notícias

11/11/2014 na edição 824

As redes sociais mudaram o jornalismo. A rapidez como as notícias se propagam em sites como Twitter e Facebook transformou a maneira como os furos jornalísticos são divulgados pelos jornais e canais de TV, e a possibilidade de qualquer pessoa com um dispositivo móvel publicar conteúdo noticioso alterou a apuração tradicional e a interação com fontes. Os grandes meios de comunicação tiveram que se adaptar para não ficar para trás.

Leia íntegra no site do Observatório da Imprensa clicando aqui

ÁTOMOS & BITS

Prevalência do jornalismo e as velhas artimanhas

Por Sylvia Debossan Moretzsohn em 11/11/2014 na edição 824

O surgimento da internet, com a inédita possibilidade de disseminação de informações e da manifestação pública de pessoas comuns, provocou vaticínios tão imediatos quanto apressados, como ocorre sempre que surge uma nova tecnologia. Anunciava-se o fim do jornalismo e a inauguração de uma nova era em que todos poderíamos comunicar em igualdade de condições. Mais ainda: todos agora poderíamos nos tornar “mídia”. Confundia-se aí liberdade de manifestação com capacidade de produzir notícias, o que exige competência para apurar e selecionar os fatos mais relevantes, seja por seu interesse público, seja pelo seu caráter bizarro ou surpreendente. Mas poucos estavam interessados em questionar ou relativizar suas expectativas em relação ao admirável e libertário mundo novo das redes.

Para ler a íntegra do texto no site do Observatório da Imprensa, clique aqui. 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

‘O impresso sobreviverá’

Marcelo Kieling é consultor de marketing e gestão de jornais impressos. Trabalhou em O Dia, do Rio de Janeiro, nos anos 1990 e em 2010. Orgulha-se da tiragem de mais de 1 milhão de exemplares em uma única edição, obtida sob sua gestão, na primeira passagem pela empresa. O recorde se deveu a uma atração extrajornalística – um brinde, a capa dura de um atlas geográfico que seria posteriormente vendido em fascículos. Entre outros veículos, o consultor passou ainda pelos jornais Meia HoraMarcaBrasil Econômico,Lance!Povo do Rio Folha da Manhã, de Campos (RJ). Hoje, dá assessoria ao Jornal Corporativo.

Na entrevista, Kieling defende a qualidade do jornalismo como atributo decisivo da sobrevivência dos impressos, de cuja viabilidade está convencido, entre outras razões porque a internet não tem a mesma credibilidade e por entender que a qualidade da leitura em telas ainda deixa a desejar.

Do Observatório da Imprensa. 
www.observatoriodaimprensa.com.br/

Leia íntegra da entrevista clicando aqui

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Do site Observatório da Imprensa - perspectivas futuras para o novo jornalista

Nichos informativos como alternativa de emprego para jornalistas

Por Carlos Castilho em 10/09/2014
Como começar no jornalismo? Há alguns anos esta pergunta teria uma reação imediata: procure um jornal. Mas, em tempo de crise na imprensa, a resposta não é mais rápida e muito menos fácil para mais de 50% dos estudantes diplomados anualmente por faculdades de jornalismo no Brasil. No entanto, algumas experiências aqui e no exterior já permitem apontar uma direção.
Leia texto na íntegra clicando aqui.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Papa Francisco, como Chesterton

A maneira inteligente como o Papa lida com a imprensa recorda o grande pensador inglês

Public Domain
Francisco parece um peixe na água entre os jornalistas. Em sua
viagem de volta da Coreia, ele voltou a dar lições sobre como lidar com a imprensa. Sem dúvida, São Francisco de Sales já o adotou sob sua proteção e Chesterton lhe sussurra dicas valiosas. Entre suas respostas, houve duas que chamaram especialmente minha atenção.

Leia íntegra do artigo clicando aqui

sábado, 30 de agosto de 2014

Comparado a outros setores, jornalismo é o nicho com mais profissionais arrogantes

Jornal GGN - Os meios de comunicação vivem atualmente um processo de mudanças
profundas, que lhes obrigam a remodelar modelos de negócio, exposição dos serviços e recursos humanos. Mas, segundo a professora da PUC-Minas, Betania Tanure, que
participou de evento sobre o papel da gestão de pessoas para a competitividade dos
empreendimentos de mídia, a cultura das empresas de comunicação no país ainda é muito hierarquizada, prejudicando o desempenho do setor. 



Do Portal Comunique-se
 

Por Nathalia 
 
A área de recursos humanos terá papel fundamental no processo de mudança pelo qual os veículos de comunicação estão passando. Essa foi a conclusão do debate realizado no painel "O papel da gestão de pessoas na competitividade das empresas de mídia", durante o 10º Congresso Brasileiro de Jornais. Para contribuir com a conversa, participou do encontro a professora da PUC-Minas, Betania Tanure, que foi enfática: "A arrogância dos jornalistas trava o crescimento. Comparado a outros setores, esse é um dos mais arrogantes".
 
De acordo com a acadêmica, as pessoas ainda são muito autoritárias. "Ainda existe o 'manda quem pode, obedece quem tem juízo", explicou. A título de exemplo, ela contou que, em escala de 0 para países com empresas democráticas e 100 para as autoritárias, o Brasil está no nível 75. "A grande questão é que, hoje, a maneira de exercer o poder é mais dissimulada".
 
A professora abordou o assunto para explicar que as lideranças dizem muito sobre o curso das organizações. Ela questionou os participantes sobre a cultura das empresas e disse que o grande dilema na maioria dos casos é que os costumes organizacionais são mantenedores do status quo, ou seja, protege a companhia de mudanças disruptivas.
 
Ainda sobre o assunto, ela explicou que a cultura brasileira tem impacto forte no comportamento das empresas. "Num momento de mudança, é preciso ousar, arriscar e errar, necessariamente. Aqui entra, também, a questão da arrogância, pois se você erra num sistema autoritário, acaba por não alimentar seu processo de inovação. Aqui está um grande desafio a ser enfrentado". 
 
Para ela, os funcionários precisam se sentir parte do processo, ter propósitos, visão de futuro e sonho compartilhado. "A liderança tem que ter credibilidade". Se o desafio for superado, Betania conta que os próximos passos são claros: ela orienta que os envolvidos percebam, queiram e façam o processo de mudança acontecer.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Jornais em crise: solução nos EUA é separar impresso do digital

Jornal GGN - A nova conformação de mídia tem um nome: jornais em crise. Este artigo publicado no site Observatório de Imprensa, de autoria de Matthew Garrahan, traz um panorama das publicações impressas dos EUA e da nova geração de leitores. Com a nova conformação, grupos vão desvincunlando as empresas para evitar que a baixa procura por jornais impressos acabem por detonar os lucros de outras mídias. E fala dos grandes grupos, não somente os pequenos e médios.

Para ler a íntegra do texto, clique aqui. 




domingo, 17 de agosto de 2014

Jornalistas na faculdade, professores na redação

Por Carlos Castilho em 16/08/2014

Esta pode ser a saída para um problema que já era grande antes da internet e aumentou ainda mais de intensidade na era digital. Academia e redações sempre tiveram uma relação tensa por conta de prioridades diferentes na forma de encarar o exercício do jornalismo. Agora, a crise no modelo de negócios das empresas jornalísticas e a preocupação dos profissionais em encontrar alternativas para o enxugamento das redações criaram uma situação em que a academia e as redações estão condenadas a buscar um novo relacionamento.

(Leia íntegra do artigo clicando aqui). 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Mercado de Notícias é bom de ver e de pensar

Filme de Jorge Furtado "evita a simplificação e o pedantismo", na avaliação de Paulo Moreira Leite; segundo o jornalista, o filme, que combina ficção dramática e documentário com a entrevista de 13 jornalistas brasileiros, "nada contra a correnteza das banalidades convencionais para discutir o ponto político essencial: por que o jornalismo deixou de mostrar o país e o mundo em que vivemos?"; leia crítica em seu blog no BR 247.



quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Estreia nos cinemas - vale a pena

Jornalismo (de qualidade) em quadrinhos



Seguem abaixo indicações de leitura para quem se interesse em conhecer mais a fundo os confrontos entre palestinos e israelenses. E também sobre a Guerra dos Balcãs. O autor principal é Joe Sacco, jornalista de Malta, vencedor do prêmio Pulitzer, considerado o mais importante do jornalismo mundial. 

Há ainda um livro de Will Eisner, outro gênio dos quadrinhos,sobre os chamados Protocolos dos Sábios do Sião, livro (com uma falsa narrativa conspiratória) que serviu de inspiração para os nazistas justificarem o genocídio de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Tanto nos casos de Sacco quanto de Eisner vale a pena analisar a maneira como as estórias são contadas, que acabam sendo importqantes registros da História.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Vale a pena ler

Ao procurar a reação da imprensa internacional ao caso da FIFA deparei-me com um excelente texto de autoria de Astrid Prange, uma correspondente da DW (Deutsche Welle) no Brasil.
Depois de pesquisar na imprensa inglesa, norte-americana, brasileira, espanhola e norte-americana a grata surpresa veio da reportagem intitulada em português: “A roupa nova do rei Fifa”, que transcreverei a seguir.
Curioso com a excelência da reportagem que não ficou restrita a simplesmente replicar notícias que percorrem as agências internacionais, a opinião de Astrid contextualizou o evento dentro de uma realidade bem maior, a FIFA e as relações internacionais entre os países emergentes e os países da OECD. Seguindo na minha curiosidade pesquisei no nome da correspondente reportagens anteriores e vi que a mesma com um olhar crítico a realidade brasileira mesmo quando a critica procura entender o que ocorre no nosso país, ela não cai nem no oba-oba nacionalistas de alguns jornalistas brasileiros nem nos esteriótipos de alguns correspondentes estrangeiros.
Não a conheço pessoalmente, mas através de sua bela foto que aparece nas suas entrevistas dá para ver, que além de um simpático e belo olhar, muito mais do que a imagem estereotipada que os brasileiros e grande parte da população do mundo tem do povo alemão. Tive o prazer de conviver por dois anos na França com um jovem físico alemão e o mesmo olhar sincero que tem Astrid via no olhar do meu colega, ou seja, me parece que a maioria da nova geração do povo alemão exorcizou um passado que nem merece ser relembrado.
Pena que a nossa “grande” imprensa não siga o mesmo tipo de comportamento.
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A roupa nova do rei Fifa.
Por Astrid Prange
A situação se inverteu: não é mais o Brasil, mas a Fifa que precisa ouvir sérias acusações, opina a jornalista Astrid Prange, da redação brasileira da DW. E a lista é longa.

O rei está nu. A polícia brasileira tornou possível o impossível: ela desnudou a entidade máxima do futebol mundial. Pouco antes do ponto alto da Copa do Mundo no Brasil, a final no Maracanã, a Fifa não está mais no alto do pódio, mas sentada no banco dos réus.
Até pouco tempo atrás, o banco dos réus estava reservado ao país anfitrião, o Brasil. A Fifa não se cansou de criticar a lentidão nos preparativos do espetáculo esportivo. Muitos estádios não corresponderiam aos critérios por ela exigidos. Muitos só ficaram prontos no último minuto. A Fifa argumentava com o conforto e a segurança dos torcedores de todo o mundo.
Mas agora a situação se inverteu. Não é mais o Brasil, mas a Fifa que precisa ouvir sérias acusações. E a lista de transgressões é longa. A empresa Match Services, parceira da Fifa, estaria envolvida na venda ilegal de ingressos da Copa. Árbitros da Fifa são acusados de ignorar entradas duras em campo. E as equipes de segurança da Fifa não foram capazes de garantir a segurança dos espectadores no estádio.
A derrocada da Fifa mostra quão mal informados sobre o maior país da América Latina estão a entidade máxima do futebol e a opinião pública mundiais. A crítica da Fifa aos atrasos nas obras dos estádios e à infraestrutura precária se encaixava muito bem nos clichês vigentes sobre o Brasil. Sol, samba, carnaval e futebol, e, naturalmente, corrupção – essa era a perfeita descrição de um país simpático, mas longínquo.
Mas definitivamente já se foram os tempos em que o planeta estava claramente dividido, com as nações industrializadas no chamado Primeiro Mundo e os países em desenvolvimento no Terceiro Mundo. Não só a economia se globalizou, como também o conhecimento, o anseio pela democracia e naturalmente o futebol.
Há um ano, milhões de pessoas foram às ruas no Brasil para protestar contra a corrupção. A raiva era dirigida não só contra o próprio governo, mas também contra a Fifa.
Mas a Fifa parece não ter entendido isso. O Brasil não é um país que se entrega de joelhos para a Fifa, mas uma democracia e um Estado de Direito. Isso ficou mais uma vez comprovado pelo excelente trabalho dos investigadores brasileiros. Se eles tivessem contado com a prometida colaboração da Fifa, pouco teriam avançado.
O Brasil acabou com a onipotência da Fifa. Suas novas roupas são mais transparentes do que ela gostaria que fossem. O rei que tanto abriu a boca agora precisa ouvir. E descobriu que, assim como seus "súditos", não está acima da lei. É significativo que a Fifa tenha que aprender essa lição justamente no Brasil.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A Copa e a imprensa

Colunista Jânio de Freitas diz que ‘os mal denominados meios de comunicação têm uma parcela nas causas do que está chamado de "humilhação, catástrofe e vergonha"’, em referência à derrota do Brasil para a Alemanha; segundo ele, o nível médio da franqueza foi muito baixo nos comentários sobre a seleção: “O jornalismo brasileiro está precisando de uma reviravolta mais ou menos como a pedida para o futebol”.

10 DE JULHO DE 2014 ÀS 06:22

segunda-feira, 30 de junho de 2014

A graça da nossa profissão

RECIFE
Emoção de jornalista costa-riquenho contagia
tribuna da Arena Pernambuco 

Sandí Valverde (foto à dir) escreve a matéria da primeira classificação de seu país às quartas 

As palavras iam sendo escritas com lágrimas no teclado, em uma cena real, humana. Foi preciso enxugá-las, pois seria uma atitude mais fácil do que conter a emoção. Um jornalista costa-riquenho d
e 24 anos cobria a sua primeira Copa do Mundo com a missão de escrever sobre o maior momento futebolístico de seu país. Diante de seus olhos, viu uma aguerrida e carismática seleção superar a Grécia nos pênaltis, na Arena Pernambuco, se classificando pela primeira vez às quartas de final do Mundial.
(lei íntegra da matéria aqui ). 

sábado, 24 de maio de 2014

Um bom artigo para refletirmos sobre o papel da imprensa e dos jornalistas

 Do Observatório da Imprensa
CÓDIGO ABERTO

Greves colocam a imprensa contra a parede

Por Carlos Castilho em 23/05/2014
Greves de ônibus simultâneas em pelo menos 13 cidades brasileiras de médio e grande porte levantam suspeitas generalizadas, mas a imprensa ignora olimpicamente as dúvidas sobre os interessados nos movimentos e apenas faz um registro burocrático das paralisações, deixando a população duplamente confusa.
O papel da imprensa, em especial dos jornais das capitais e dos telejornais em rede nacional, não identificam quem são os grupos políticos que estão por trás de greves que tornaram ainda mais tensa e confusa a vida de milhões de brasileiros. As dúvidas que atormentam os usuários do transporte coletivo nas cidades afetadas pelos movimentos de cobradores e motoristas de ônibus variam desde a incerteza na hora de sair para o trabalho até as suspeitas sobre quem teria interesse num protesto que dá sinais de ser coordenado por alguém.
É difícil especular sobre os reais interessados nessas greves, mas a responsabilidade da imprensa parece bem clara. Ela não está contribuindo para resolver as dúvidas da população em São Paulo e dez outras cidades paulistas, em São Luiz, Cuiabá e Teresina.
O caso das greves em São Paulo foi exemplar. A paralisação dos dias 21 e 22/5 foi promovida por dissidentes do sindicato mas em momento algum eles foram identificados. Além disso, a Polícia Militar paulista se mostrou passiva e nenhuma autoridade estadual ou do Poder Judiciário resolveu aplicar a lei. A imprensa não cobrou nada, limitando-se a documentar ocorrências e relatos irritados de pessoas sem transporte.
Numa situação como a de uma greve de transportes públicos, milhões de pessoas são afetadas e consequentemente têm o direito de exigir uma solução rápida para a falta de ônibus. Mas, para fazer isso, as pessoas precisam de informação para poderem cobrar medidas pertinentes dos responsáveis pela situação, no caso funcionários e donos de empresas do transporte público. Quem deveria fornecer essas informações é a imprensa, porque ela é uma instituição cuja missão é oferecer dados para que o cidadão possa tomar decisões.
Quando a imprensa não fornece as informações que permitam às pessoas cobrar soluções, ela deixa de cumprir o seu papel social e passa a ser apenas um negócio. O papel social da imprensa é investigar situações confusas e complexas para dar ao público elementos para avaliar contextos, consequências e responsáveis. É o que está escrito em todos os manuais de redação e é mencionado sempre nos discursos dos donos de empresas jornalísticas.
Esta é função da imprensa, que se transforma num mero sindicato de donos de empresas quando se omite em sua responsabilidade social. O governo, as empresas privadas e organizações corporativistas (incluindo sindicatos) têm outros interesses que devem ser identificados para que a população não seja enganada.
A informação pública é um serviço cada vez mais importante na emergente sociedade digital porque é a base para a produção de conhecimento, fator indispensável tanto para a produção econômica como para viabilizar as transformações sociais inevitáveis num período de transição de modelos.
A produção de conhecimento não é um atributo exclusivo dos intelectuais, pesquisadores, tomadores de decisões e empreendedores. No momento em que começamos assistir a um irreversível processo de descentralização política, administrativa e produtiva, os segmentos sociais da chamada base social passam a ser indispensáveis no desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas locais. 
Fica cada vez mais claro que as grandes decisões sobre problemas, como transporte público urbano, não poderão mais ser tomadas apenas por burocratas de uma prefeitura de grandes cidades, mas também pelos usuários, que conhecem o problema de perto e sofrem diretamente as suas consequências. Mas para que isso seja possível é necessário ter informações, o que não acontece e nem aconteceu nas greves de ônibus pelo país.
Nós jornalistas exercemos uma função complexa porque somos orientados pela missão social da imprensa, mas ao mesmo tempo integramos uma estrutura industrial movida pela lógica dos negócios.
A convivência entre ambas funções é possível e viável, mas há conjunturas que as colocam em situações opostas, como a que está acontecendo agora com as greves no transporte público, movimentos de protesto que podem ter implicações eleitorais. Quando isso ocorre, os jornalistas acabam diante de um dilema: manter o emprego ou correr o risco de perder a credibilidade do público, o que pode ser fatal para o exercício da profissão.
(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/codigoaberto/post/greves_colocam_a_imprensa_contra_a_parede)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Crise no jornalismo estimula aumento de blogs científicos

22/05/2014
Por Elton Alisson, de Salvador
Agência FAPESP – A crise pela qual passa o jornalismo mundial, causada em parte pela convergência para novas plataformas digitais, tem afetado a cobertura jornalística de ciência e estimulado o surgimento de blogs científicos em diversos países, inclusive no Brasil.
A avaliação foi feita por Juliana Santos Botelho, pesquisadora e coordenadora da Coordenadoria de Comunicação Científica (CCC/Cedecom) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em um painel sobre o uso de mídias sociais na comunicação da ciência durante a 13th International Public Communication of Science and Technology(PCST), realizada entre os dias 5 e 8 de maio em Salvador, na Bahia.
Com o tema central “Divulgação da ciência para a inclusão social e o engajamento político”, o encontro ocorreu pela primeira vez na América Latina e reuniu pesquisadores de mais de 50 países para debater práticas e estratégias de comunicação e divulgação científica adotadas em diferentes partes do globo.
“Há um crescimento do número de blogs de ciências no mundo, especialmente nos países que falam inglês, e a crise no jornalismo mundial tem contribuído para esse aumento”, disse Botelho, que também mantém, o blog Diálogos com Ciência e realizou um estudo sobre 150 blogs no Brasil.
De acordo com dados apresentados pela pesquisadora, a crise no jornalismo mundial tem causado um alto número de demissões em massa e a redução do número de jornalistas em atuação nas redações dos grandes veículos de imprensa em todo o mundo, incluindo os do Brasil.
Uma das principais consequências desse processo, na avaliação dela, é um número cada vez menor de jornalistas cobrindo um número cada vez maior de assuntos.
Em razão disso, a cobertura de ciência nos grandes veículos perdeu espaço editorial nas páginas dos grandes jornais e no noticiário das emissoras de rádio e de televisão.
“Essas mudanças têm causado impactos na cobertura de ciência feita pelos grandes veículos de comunicação, em termos de qualidade, em todo o mundo”, avaliou Botelho.
De acordo com a pesquisadora, outra consequência sensível do impacto da crise do jornalismo na comunicação da ciência é a homogeneização cada vez maior da cobertura jornalística do assunto.
Com a redução do número de jornalistas nas redações, os veículos de comunicação de diversos países têm recorrido cada vez mais a materiais jornalísticos padronizados sobre ciência produzidos por agências de notícias internacionais, apontou Botelho.
O problema é que os veículos recebem o mesmo tipo de material que seus concorrentes, que também compram das agências de notícias, e fazem pequenas adaptações.
Na maioria das vezes, as matérias sobre ciência produzidas pelas agências de notícias internacionais são relacionadas à produção científica de países do hemisfério Norte, ressaltou Botelho.
“Os pesquisadores brasileiros não aparecem na maior parte das matérias sobre pesquisas científicas publicadas no Brasil, por exemplo. E, quando aparecem nas notícias sobre ciência, é para comentar os resultados de estudos que foram publicados por pesquisadores de países do hemisfério Norte”, avaliou.
Crescimento dos blogs
A fim de suplantar a perda de espaço editorial dedicado à ciência, especialmente na mídia impressa, e aumentar a divulgação de resultados de pesquisas realizadas por cientistas brasileiros, tem aumentado o número de blogs de ciência no Brasil, apontou Botelho.
O número de blogs de ciência brasileiros, contudo, ainda é bem menor do que o número de blogs nos Estados Unidos e na Europa. E as políticas editoriais para os blogs ainda são muito incipientes no Brasil, destacou a pesquisadora.
“No Brasil não temos políticas editoriais muito estruturadas para blogs em geral e para os blogs científicos como as implementadas por veículos de imprensa e instituições universitárias de países como os Estados Unidos e Reino Unido”, comparou Botelho.
Segundo a pesquisadora, alguns veículos de comunicação têm optado por cientistas (ou pessoas de outras áreas que nunca tinham usado blogs) para serem seus blogueiros colaboradores.
Outras especificidades dos blogs de ciência brasileiros, de acordo com Botelho, é que eles são bastante independentes. Em sua maioria, não estão ligados a empresas de comunicação ou instituições.
O volume de notícias publicadas pelos blogs científicos brasileiros presentes nos veículos de comunicação também é menor do que o de outros blogs independentes no país. A publicação nos blogs da imprensa é constante, mas não é muito frequente. O que mais chama a atenção da pesquisadora nos blogs de ciência no Brasil, contudo, é a falta de interatividade.
“Isso pode ser uma característica cultural do Brasil”, avaliou Botelho. “Geralmente as pessoas se sentem mais à vontade para postar seus comentários em redes sociais, como o Facebook e o Twitter, mas não nos blogs”, disse Botelho.
A pesquisadora ressaltou, no entanto, que, apesar da importância dos blogs científicos para aumentar a difusão da comunicação de ciência, eles não devem substituir a cobertura jornalística de ciência pelas mídias tradicionais, como jornal, rádio e televisão.
Isso porque esses meios de comunicação já possuem público cativo e abordam assuntos científicos com maior frequência do que os blogs científicos, apontou Botelho.
“Os blogs científicos possuem um papel muito importante de experimentação de novos formatos de publicação e de estilos de escrita. Mas não devem, de forma alguma, substituir a cobertura jornalística sobre ciência e sim complementá-la”, afirmou. 
Leia mais sobre as mudanças no jornalismo cientíco em http://agencia.fapesp.br/17649